Desde os primórdios da humanidade sabemos que o homem sempre
se estabeleceu em locais próximos aos rios e mares, para garantir seu sustento
através da pesca e da agricultura.
A história do Egito faz uma excelente demonstração desse
fato, quando os homens, às margens do rio Nilo, fizeram os primeiros
aglomerados humanos e construíram as primeiras cidades do mundo. Ali já se
registrava o quanto o homem era dependente da água.
Porém, com o passar dos anos, com a evolução da humanidade,
a água passou a ser tratada com desrespeito, sendo poluída e desperdiçada.
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das
Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992 e tem o objetivo a discussão sobre os
diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é
potável. E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e
represas) está contaminada, poluída e degradada pela ação devastadora do homem.
Esta situação é preocupante, pois poderá faltar água, num futuro próximo, para
o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído
o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão,
análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal
problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou a “Declaração
Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas,
sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da
população e dos governantes para a questão da água.
Declaração Universal dos Direitos da Água:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada
continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é
plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a
condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não
poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a
agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o
direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do
Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em
água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve
ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem
da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e
funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra.
Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por
onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos
predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua
proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do
homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela
tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e
dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem
envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e
discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de
deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei.
Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social
que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo
Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os
imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e
social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em
conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre
a Terra.
CONSEQUÊNCIA DA POLUIÇÃO E DESPERDÍCIO EM SÃO PAULO
Economizar água, pelo risco de faltar, nunca fez tanto sentido para os moradores de
São Paulo como neste sábado, Dia Mundial da Água. Durante todo o verão, o
Estado viveu uma seca histórica, que preocupa autoridades e pode comprometer
pelo resto do ano o abastecimento na Grande São Paulo — uma das cinco regiões
metropolitanas mais povoadas do mundo, com cerca de 20 milhões de habitantes.
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Nível do Cantareira chega a 14,5%; ano passado volume era de 60,4% |
O nível do Sistema Cantareira, reservatório que abastece
atualmente cerca de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou a 14,5%, o
mais baixo já registrado. O governo corre para finalizar obras que vão utilizar
o chamado “volume morto” das represas, como forma de garantir que não haja
racionamento durante o inverno, período que costuma ser de seca.
Com a seca, o governo tirou da gaveta um projeto previsto
para 2020: a interligação de duas represas, uma integrada ao Sistema Cantareira
e outra no rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba. Se autorizadas pela ANA
(Agência Nacional de Águas) e pela Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica), as obras poderiam começar em até quatro meses e durariam 14 meses.O objetivo é garantir água sempre que o nível do Cantareira
ficar abaixo de 35%, o que não costuma acontecer.
FICA A DICA
Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano,
precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e
economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e
lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes,
lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as
regiões de mananciais e divulgar ideias ecológicas para amigos, parentes e
outras pessoas.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_mundial_da_agua.htm
http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-da-agua.htm
http://noticias.r7.com/sao-paulo/dia-mundial-da-agua-mau-uso-agrava-escassez-historica-em-sao-paulo-22032014