A Caatinga
é um rico bioma típico do semiárido. Sua dimensão territorial compreende a
cerca de 734.478 km2, equivalente a aproximadamente 10% do território brasileiro.
A área ocupada pela Caatinga equivale a 70% da Região Nordeste, mas ultrapassa
seus limites, pois se estende desde o Norte de Minas Gerais até a porção Norte
dos Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. Nesta área, que pode ser vista
no mapa 1, observa-se que o mesmo também ocupa os Estados do Maranhão,
Piauí, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Mapa 1: Localização do Bioma Caatinga.
Fonte: Embrapa, 2016.
O nome Caatinga é de
origem da língua indígena, cujo significado é Mata Branca, em virtude do seu
aspecto desértico durante o período de estiagem. A despeito deste aspecto
desértico, o bioma reúne uma enorme biodiversidade, reunindo mais de 1000
espécies de plantas e 876 espécies de animais, dentre mamíferos, répteis e
aves. É importante ressaltar que, trata-se de um bioma exclusivamente
brasileiro, isto é, parte da biodiversidade da Caatinga não existe em outro
lugar do mundo.
Todavia, esse patrimônio
está ameaçado, já que segundo estimativas, aproximadamente 70% do bioma foi
modificado pelo homem, ao passo que apenas 0,28% encontram-se protegidas em
unidades de conservação. A principal prática sócio-espacial que vem devastando
a Caatinga é o desmatamento da vegetação para produção de lenha e carvão
vegetal. Essa atividade reduzindo a extensão e a flora do referido bioma de
forma exacerbada, e extinguindo o habitat da fauna, acarretando ainda uma maior
vulnerabilidade do solo ao processo de desertificação, problemática que
interfere diretamente na qualidade de vida da população, já que o solo torna-se
improdutivo.
Isto posto, faz-se
necessário uma mudança de consciência por parte da população que habita na
Caatinga, aprendendo a conviver no/com o bioma. Sobre isso, a Escola Ambiental
acredita que essa consciência ecológica só se dá por meio de uma efetiva
sensibilização na Escola Básica em conjunto com as comunidades para preservar a
Caatinga. Não podemos olvidar, cabe aos órgãos competentes fiscalizar e tentar
proteger o bioma no âmbito jurídico, tendo em vista que a áreas da Caatinga que
são Unidades de Conservação não chegam a 1% de sua área territorial. Por fim,
frente a esse cenário da Caatinga, o dia 28 de abril, não é um dia para
comemorar, é um dia para lembrar que temos que lutar por sua preservação e
conservação todos os dias.
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (CMEA)
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