Em 1940 foi realizado no em Patzcuaro - México, o Primeiro
Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de
diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes
indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e
decisões.
Após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes
indígenas resolveram participar, pois entenderem a importância daquele momento
histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi
escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente
Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540.
O objetivo deste dia é à valorização da cultura indígena.
Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os
museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas. Deve
ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos
indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.
O Brasil tem hoje cerca de 560 terras indígenas e
aproximadamente 460 mil índios. São 206 povos (ou etnias) e 170 línguas,
concentrados, em sua maioria - 70% do total -, numa parcela da Amazônia Legal que engloba seis
Estados: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Além disso, a
Funai (Fundação Nacional do Índio) também registra a existência de 40 povos isolados
na Amazônia Ocidental.
Em densidade populacional, os seis maiores povos indígenas
do Brasil são Guarani (30 mil), Ticuna (23 mil), Kaingang (20 mil), Macuxi (15
mil), Guajajara (10 mil), Yanomami (9.975).
O ÍNDIO
Os índios foram os primeiros habitantes do Brasil. No começo,
havia muitos índios vivendo livres nas nossas florestas. Hoje, eles são em número
bem reduzido.
Os índios vivem em grupos chamados tribos.
Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique.
O pajé é o
sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos
deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para
curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da
floresta e dos ancestrais para ajudar na cura.
O cacique também importante na vida tribal, faz o papel de chefe,
pois organiza e orienta os índios.
As casas dos índios chamam-se ocas. São cabanas construídas com
paus e barro, cobertas de palha ou folhas de arvores.
Várias ocas formam uma pequena aldeia chamada taba.
As armas dos índios são o arco, a flecha, a lança, o tacape
e a zarabatana. Os índios costumam dormir em redes ou esteiras.
Alimentam-se da
caça, da pesca e de vegetais, plantam mandioca, milho, batata-doce, etc.
Gostam de cantar e de dançar, seus instrumentos musicais são
o tambor, o chocalho, a flauta e o maracá.
Alguns índios andam nus ou quase nus alguns usam tangas e
cocares feitos de penas coloridas de aves.
Pintam o corpo com tintas extraídas das
plantas e enfeitam-se com colares e pulseiras feitos com dentes de animais.
Adoram o sol que chamam de Guaraci , a lua que chamam de Jaci
e outros deuses.
Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.
Equipe Escola Ambiental de Lajedo
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