A Semana de Ação Mundial (SAM) entre os dias 15 a 22 de junho de 2020 debatendo através de Webnários (seminários online), no Facebook
e no YouTube, a temática Educação contra barbárie - por escolas
democráticas e pela liberdade. A SAM tem como objetivo informar e engajar a
população em prol do direito à educação, de diversas maneiras.
Neste terceiro dia, 17 de junho, o Webnário mediado por Catarina
de Almeida Santos, Pedagoga e doutorado em Educação, abordou a temática “Raça e
Educação: construindo escolas antirracistas”, e contou com a participação de
profissionais ligadas a educação, contribuindo para uma discussão
tão necessária diante de um cenário de preconceito e segregação racial histórica no Brasil.
Deputada Estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP)
A professora Erica abordou em sua fala a importância da
Projeto Político Pedagógico como uma estratégia para a superação de paradigmas
ligados aos racismos e preconceito, para além dos muros da escola. Apontou que atos
como bullying e preconceitos, nas mais variadas áreas das relações humanas, podem
causar obstáculos para o desenvolvimento escolar sadio dos alunos e, consequentemente,
a formação de um cidadão apático diante de questões sociais tão fundamentais
como igualdade racial, de gênero, entre outros.
Iracema Nascimento (FE/USP)
A professora Iracema fez um resumo das principais
legislações educacionais do Brasil e destacou que a gestão democrática deve
valorizar a pluralidade humana e cultural, possibilitando ao estudante vivenciar
essa diversidade nas escolas. Incentivar o fim dos estereótipos, do racismo
velado ou da sua normalização pondo em prática políticas públicas antirracista.
Macaé Evaristo (ex-secretária de Educação de Minas Gerais)
Em sua fala, a professora Macaé lamentou o fim da Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC) que tinha
como objetivo assegurar o direito à educação com qualidade e equidade, tendo políticas
públicas educacionais voltadas para a inclusão social, considerado um retrocesso
no campo dos direitos educacionais. Porém, apresentou algumas conquistas como a lei nº
12.288/10 (institui o Estatuto da Igualdade Racial) e a lei 10.639/03 (incluiu
a temática "História e Cultura Afro-Brasileira") que podem auxiliar o
corpo gestor e docente, dos diversos níveis de ensino, a promover a valorização
das diferenças e o pensamento crítico.
Fernanda Lapa (IDDH)
A coordenadora executiva do Instituto de Desenvolvimento e
Direitos Humanos (IDDH) afirmou que a educação continua sendo a chave para a
mudança social e que todos tem o direito ao acesso à educação, incluindo a
educação em Direitos Humanos sem qualquer tipo de discriminação de cor, religião,
nacionalidade, gênero, orientação sexual e política. Ressaltou alguns avanços
nas políticas públicas, contudo algumas mudanças nas escolas ainda são necessárias como uma gestão democrática atenta as demandas sociais, material didático que
valorize a história do negro e o índio, formação continuada para os
professores, entre outros.
Suelaine Carneiro (GELEDÉS Instituto da Mulher Negra)
A socióloga Suelaine é coordenadora do Programa de Educação, Geledés - Instituto da Mulher Negra, que concebe a educação como um direito
humano pautando sua ação para proteger, assegurar e expandir os direitos
educativos dos negros. Em sua apresentação, ela apontou a necessidade
da formação de professores na temática racial e de gênero, a realização de
projetos com o protagonismo do jovem negro, incentivando-os a ingressar no
ensino superior e a criação de políticas públicas que minimizem
as desigualdades raciais no que tange o acesso, permanência e sucesso de
pessoas negras no ensino superior.
Acessem o link e assista o Webnário.
Texto: Escola Ambiental de Lajedo - PE
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO – PE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA AMBIENTAL DE LAJEDO - PE
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