Em 11 de janeiro de 2013, comemora-se 13 anos do Decreto Federal nº 98.816, que regulamentou primeiramente a Lei dos Agrotóxicos. A data é lembrada no Brasil para conscientizar a população quanto aos riscos causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos e problemas causados ao meio ambiente e à saúde humana. É visível que o meio ambiente vem passando por intensas transformações em função da “modernização” agrícola.
Os Agrotóxicos são produtos e agentes de processos
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na
proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e
também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja a finalidade seja
alterar a composição da flora ou da fauna, afim de preservá-la da ação danosa
de seres vivos considerados nocivos. São popularmente conhecidos como
"defensivos agrícolas", "veneno", "remédio", são
produtos químicos utilizados no combate às pragas e às doenças das plantas.
Desde 2008, somos o país que mais consome agrotóxicos no
planeta! Entre 2000 e 2010, o comércio
de agrotóxicos no Brasil cresceu 190%, enquanto que a média mundial foi de 93%.
O uso de agrotóxicos agride o meio ambiente
(solo, água, vegetação, alimentos) e pode causar danos à saúde humana e dos
animais. As intoxicações e as doenças provocadas por estas
substâncias estão aumentando tanto entre os trabalhadores, como entre a
população em geral, representando um grave problema de saúde pública.
A intoxicação acontece pelo contato direto (no preparo,
aplicação ou manuseio dos agrotóxicos) ou pelo contato indireto (contaminação
da água, do ar, do solo e dos alimentos), sendo absorvidos através do contato
com a pele, pela ingestão ou pela respiração.
O pulverizador costal, equipamento de aplicação que representa maior potencial de exposição, é utilizado em 70% dos estabelecimentos que usam algum tipo de agrotóxico. Pelo menos 20% dos estabelecimentos que usam agrotóxicos, não utilizam EPI (equipamento de proteção individual).
ERRADO: Aplicação incorreta com exposição ao agrotóxico |
CERTO: aplicação do agrotóxico com o uso de equipamento individual de proteção - EPI |
Sintomas da
intoxicação aguda: cefaléia, náuseas, vômitos, dor abdominal,
irritação/ardência nos olhos e pele, opressão torácica, tontura, crises de
asma, diarréia, sudorese e salivação
intensa, visão turva, dificuldade respiratória, convulsões, entre outros. Pode
ser leve ou grave (chegando ao coma e morte) dependendo da quantidade absorvida.
Sintomas da
intoxicação crônica: cefaléia, nervosismo, insônia, irritabilidade,
dificuldade de concentração, depressão, hemorragias, impotência, formigamento e
fraqueza nas pernas, paralisias. Geralmente acarreta danos irreversíveis,
podendo provocar câncer, alterações hepáticas, urinárias, pulmonares, renais,
cardíacas, genéticas e defeitos de nascimentos entre outras.
Segundo a Anvisa,
foram encontrados resíduos destes agrotóxicos em amostras coletadas em
lavouras de pimentão, cenoura, cebola, pepino, beterraba, tomate e alface.
As culturas com mais amostras contaminadas por agrotóxicos(30 a 91%) foram: pimentão, morango, pepino, alface, cenoura, abacaxi, beterraba, couve e mamão. É importante ressaltar, que grande parte destas mesmas culturas também tiveram mais amostras contaminadas no relatório de 2009. Praticamente todas as espécies pesquisadas apresentaram amostras com resíduos de agrotóxicos e, o que é pior, com produtos químicos não registrados para as culturas e, ainda com alguns já proibidos em diversos países da Europa e Estados Unidos.
As culturas com mais amostras contaminadas por agrotóxicos(30 a 91%) foram: pimentão, morango, pepino, alface, cenoura, abacaxi, beterraba, couve e mamão. É importante ressaltar, que grande parte destas mesmas culturas também tiveram mais amostras contaminadas no relatório de 2009. Praticamente todas as espécies pesquisadas apresentaram amostras com resíduos de agrotóxicos e, o que é pior, com produtos químicos não registrados para as culturas e, ainda com alguns já proibidos em diversos países da Europa e Estados Unidos.
Neste dia 11 de janeiro, Dia do controle da poluição por
agrotóxicos é para refletir sobre a necessidade do uso de agrotóxicos.
A
agricultura orgânica é uma das opções para diminuir essa contaminação por
agrotóxico. A agricultura orgânica vai além das técnicas de cultivo, é um modo
de vida que busca resgatar e valorizar o conhecimento tradicional da
agricultura de base familiar inclui elementos ambientais e humanos e busca a
sustentabilidade da agricultura familiar resgatando práticas que permitam ao
agricultor produzir sem depender de insumos como agrotóxicos e fertilizantes
químicos. Pesquisas realizadas no mundo inteiro comprovam que é possível
produzir alimentos orgânicos com boa qualidade e, que não deixam nada a desejar
em relação à produtividade e com a vantagem de serem mais nutritivos, mais
baratos e, ainda sem riscos para a saúde das pessoas e ao meio ambiente e, sem
compromete as atuais e futuras gerações.
Fonte: http://www.cerestvales.com.br/pagina/11-de-janeiro-dia-do-controle-da-poluicao-por-agrotoxicos
http://cultivehortaorganica.blogspot.com/2013/01/11-de-janeiro-dia-do-controle-da.html
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