quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

CALOR MARCA O VERÃO 2014

 







O Brasil está passando por uma onda de calor neste verão, temperatura assim tão alta foi registrado no Rio de Janeiro pelo Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet desde 1915, quando a medição começou; máxima foi de 43,2°C, em Santa Cruz, com sensação térmica de 47°C



Picos assim são causados por ondas de calor que podem durar alguns dias ou várias semanas. "Considera-se uma onda de calor quando a temperatura atinge cerca de 32 ºC ou cinco graus acima do normal para aquela área. Isso durante, no mínimo, uns dois dias", diz a meteorologista Micheline de Sousa Coelho, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em São Paulo. Apesar de não saberem ao certo os motivos que levam a esses aumentos bruscos de temperatura, os pesquisadores afirmam que isso tem sido muito comum, principalmente nas cidades grandes.

"Em São Paulo, por exemplo, tem-se observado uma elevação de temperatura considerável na última década", afirma Micheline. Alguns especialistas acreditam que as causas de tanto calor são fatores naturais e que isso seria parte de um ciclo, como o ocorrido durante o derretimento das geleiras no fim das eras glaciais. A grande maioria dos estudiosos, porém, aposta que a bagunça climática é resultado do efeito estufa, que estaria provocando um aquecimento global. A emissão de gases tóxicos, como o gás carbônico e o metano, resultantes do desmatamento de florestas e da queima de combustíveis, funciona como um cobertor que retém o calor na Terra, causando o polêmico efeito. O resultado é o intenso calor durante os verões dos quatro cantos do planeta. O maior problema das ondas de calor é que as pessoas nem sempre estão prontas para enfrentá-las, o que causa muitas mortes por desidratação e insolação. 2014 começou com os termômetros registrando grandes temperaturas a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Marlene Leal, informou que há uma massa de ar quente e seco predominando no país, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste; parte das regiões Norte e Centro-Oeste; e em uma área da Região Sul. 

O calor estará presente no dia a dia dos brasileiros não apenas no verão, mas também em outras estações do ano como aponta a Primeira Conferência do Clima aqui no Brasil que deu um alerta: a temperatura no país pode ter uma elevação de até 4°C ainda neste século.

Uma máquina analisou mais de 20 mil amostras de partículas encontradas na atmosfera em todas as regiões do Brasil. Para fazer as coletas, 350 pesquisadores saíram a campo.

Foram três anos de trabalho para confirmar de forma mais detalhada as conclusões de alguns estudos internacionais. Os cientistas brasileiros agora têm dados suficientes para afirmar com segurança que a temperatura média no país está aumentando e vai continuar nessa trajetória ao longo deste século.

O estudo aponta uma elevação média da temperatura entre 2°C e 4°C. Esse aumento previsto terá consequências diferentes em cada região.
 Segundo os cientistas, as projeções mostram que, no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste, com um regime menor de chuvas, a tendência é de diminuição do volume dos rios. No Sul e no Sudeste, segundo eles, deve acontecer o contrário: mais chuva. O volume de água nas bacias do Paraná e do Prata pode subir ate 30%.

Pior seca dos últimos 12 anos muda paisagem do Rio São Francisco  
Chuva causou estragos e alagamentos na rodovia ES-010, na cidade de Serra

Situações que devem trazer mais desafios para, por exemplo, a produção de energia elétrica e a agricultura. Especialistas da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias, preveem que as alterações climáticas mudem daqui a algumas décadas o mapa do agronegócio no país.

“As temperaturas máximas de área, os picos de temperatura máxima, vão ser muito maiores. Assim como as temperaturas mínimas, o frio intenso, por muito pouco tempo. Regiões que têm perdas sucessivas, eu não posso plantar determinada cultura aqui, vou escolher outra. Pode sair, por exemplo, de grão para madeira, mas você continua produzindo”, declara Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa.

Um dos coordenadores da pesquisa diz que serão necessários anos para saber o quanto desse aumento previsto das temperaturas no Brasil é resultado da ação do homem.




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