quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ESCOLA AMBIENTAL na 2ª Feira de Sementes em Garanhuns - PE




A ESCOLA AMBIENTAL DE LAJEDO - PE, buscou parcerias com o IPA de Garanhuns, na captação de sementes arbóreas do semi-árido, para implantação do PROJETO para o ano de 2016 de um viveiro sensorial com sementes crioulas.



Com o intuito de incentivar e fortalecer o cultivo, a 2ª Feira de Troca de Sementes Crioulas aconteceu na quinta-feira, 26/11, em Garanhuns. Cerca de 350 agricultores, dos 32 municípios do Agreste Meridional e região, estiveram expondo e trocando mais de 40 variedades de sementes. O evento acontece no Parque Euclides Dourado, das 8h às 17h.

As sementes crioulas, conhecidas como “sementes tradicionais”, são desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas. As variedades possuem como característica a adaptabilidade local, independente da qualidade do solo. O agricultor tem domínio total do processo de produção, que exige menor utilização de insumos ou adubo, e pouco uso de agrotóxico.
 

 
 A conservação desta cultura faz parte de uma campanha mundial de soberania dos povos quanto à posse de suas sementes, como estratégia de segurança alimentar e de perpetuação da cultura e identidade dos agricultores. Essas sementes possuem história, faz parte da culinária local, gerações de agricultores que foram alimentados por essas sementes. A feira ajuda na disseminação das espécies em fase de desaparecimento, preservando as raízes históricas das comunidades rurais de Pernambuco.
De acordo com Pedro Balensifer, extensionista do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), essas sementes são o contraponto aos grãos transgênicos, que não podem ser guardados por conta da lei de patentes. “A semente crioula é uma semente de liberdade e a transgênica de dependência, já que ela não pode ser guardada para o replantio no próximo ano. Além disso, as pessoas ganham na qualidade da alimentação, já que as sementes crioulas não são modificadas. A saúde começa pela alimentação. As transgênicas não podem ser armazenadas e o agricultor fica dependente de sempre precisar comprar, anualmente, novas sementes em lojas agropecuárias”, pontuou.

Em três anos de trabalho com sementes crioulas, Balensifer já catalogou 25 variedades de feijão, 19 de fava e 06 de milho. O IPA possui um Banco de Sementes Crioulas para doações e/ou trocas, em Garanhuns, e o armazenamento pode ser feito em garrafa pet, vasos metálicos ou tambores plásticos. Durante a feira, também há variedades de jerimum, melancia, entre outras sementes, além de mudas frutíferas. 

A expectativa é que 600 quilos de sementes circulem pela feira. Na programação também estão previstos roda de diálogo, palestras e debates. A 2ª Feira de Troca de Sementes Crioulas é promovida pela Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara), através do Grupo de Estudos, Sistematização e Metodologoa do IPA, e conta com o apoio das seguintes instituições: Cáritas, Centro Sabiá, Coopaf, Coopaga, Fetape, STR, Coletivo Jupago Kreká, Nedet, Núcleo Agrofamiliar, Prefeitura de Garanhuns e Serta, entre outras.

Imagens: Rivelino Silva
Texto: Núcleo do IPA; Andréa Félix (Escola Ambiental Lajedo - PE)


PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO - PE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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