sexta-feira, 11 de março de 2016

Escola Ambiental no combate ao Aedes aegypti na cidade de Cachoeirinha


As chuvas e altas temperaturas do verão são condições ideias para que o mosquito Aedes Aegypti possa se reproduzir, culminando na proliferação de diversas doenças provocadas pelo inseto.

A equipe da Escola Ambiental iniciando suas atividades de 2016 realizará um ciclo de palestras com o intuito de combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

A abertura do ciclo de palestra foi realizada na Escola Rita Espindola, na cidade de Cachoeirinha. Durante a apresentação da palestra com a temática: ESCOLA AMBIENTAL NO COMBATE AO AEDES AEGYPTI, os alunos do 6º ano ao 8º ano do Ensino Fundamental tiveram acesso a informações como: histórico; características biológicas e comportamentais do mosquito; conheceram um pouco mais sobre os vírus transmitido pelo Aedes aegypti e receberam dicas de como combater esse mosquito em suas residências.








Histórico do Aedes aegypti


O Aedes aegypti é originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia. O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, que desde o século XVI, período das Grandes Navegações, é encontrado em todo mundo.


No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue, na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros.

Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti

O acasalamento do Aedes aegypti se dá dentro ou ao redor das habitações, geralmente nos primeiros dias depois que o mosquito chega à fase adulta. É preciso somente uma cópula para a reprodução ser concretizada. Após a cópula, as fêmeas precisam realizar a hematofogia (alimentação com sangue) importante para o desenvolvimento completo dos ovos e sua maturação nos ovários. Normalmente, as fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a postura de ovos três dias após a ingestão de sangue, passando então a procurar local para desovar.

A desova acontece, preferencialmente, em criadouros com água limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado.

Os ovos são distribuídos por diversos criadouros, estratégia que garante a dispersão e preservação da espécie. Inicialmente, os ovos possuem cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o oxigênio. O ovo do Aedes aegypti mede aproximadamente 0,4 mm de comprimento e é difícil de ser observado.

Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida do Aedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvários, a fase larvária é o período de alimentação e crescimento), pupa e adulto. As larvas passam a maior parte do tempo alimentando-se principalmente de material orgânico acumulado nas paredes e fundo dos depósitos
A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento do embrião se completa em 48 horas, em condições favoráveis de umidade e temperatura.

Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudos. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.

Características do Aedes aegypti

Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya vivem mais sob calor e umidade, estão bem adaptados ao ambiente domiciliar, não produz zumbido e a picada geralmente não é sentida.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.

A domesticidade do Aedes aegypti é ressaltada pelo fato de que ambos os sexos são encontrados em proporções semelhantes dentro das casas (endofilia). Esse mosquito quando em repouso é encontrado nas habitações, nos quartos de dormir, nos banheiros e na cozinha e, só ocasionalmente, no peridomicílio (área existente ao redor de uma residências). As superfícies preferidas para o repouso são as paredes, mobília, peças de roupas penduradas e mosquiteiros.

Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias.

Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito transmissor da dengue estiver infectivo, poderá transmitir o vírus da dengue neste processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. O mosquito da dengue tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz.


Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/301-dengue/14610-curiosidades-sobre-o-aedes-aegypti
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=336&sid=32



PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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