As chuvas e altas temperaturas do verão são condições ideias
para que o mosquito Aedes Aegypti possa se reproduzir, culminando na proliferação
de diversas doenças provocadas pelo inseto.
A equipe da Escola Ambiental iniciando suas atividades de
2016 realizará um ciclo de palestras com o intuito de combater o mosquito Aedes
aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
A abertura do ciclo de palestra foi realizada na Escola Rita
Espindola, na cidade de Cachoeirinha. Durante a apresentação da palestra com a
temática: ESCOLA AMBIENTAL NO COMBATE AO AEDES AEGYPTI, os alunos do 6º ano ao
8º ano do Ensino Fundamental tiveram acesso a informações como: histórico;
características biológicas e comportamentais do mosquito; conheceram um pouco
mais sobre os vírus transmitido pelo Aedes aegypti e receberam dicas de como
combater esse mosquito em suas residências.
Histórico do Aedes aegypti
O Aedes
aegypti é originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África:
primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste
para a Ásia. O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, que desde o
século XVI, período das Grandes Navegações, é encontrado em todo mundo.
No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas
não por conta da dengue, na época, a principal preocupação era a transmissão
da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de
medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o
relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território
nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros.
Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti
O acasalamento do Aedes aegypti se dá dentro ou ao redor das
habitações, geralmente nos primeiros dias depois que o mosquito chega à fase
adulta. É preciso somente uma cópula para a reprodução ser concretizada. Após a
cópula, as fêmeas precisam realizar a hematofogia (alimentação com sangue)
importante para o desenvolvimento completo dos ovos e sua maturação nos
ovários. Normalmente, as fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a
postura de ovos três dias após a ingestão de sangue, passando então a procurar
local para desovar.
A desova acontece, preferencialmente, em criadouros com água
limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à
superfície da água, porém não
diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou
palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o
ovo pode permanecer grudado.
Os ovos são distribuídos por diversos criadouros, estratégia
que garante a dispersão e preservação da espécie. Inicialmente, os ovos possuem
cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o
oxigênio. O ovo do Aedes aegypti mede
aproximadamente 0,4 mm de comprimento e é difícil de ser observado.
Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida do Aedes aegypti compreende
quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvários, a fase larvária é o
período de alimentação e crescimento), pupa e adulto. As larvas passam a maior
parte do tempo alimentando-se principalmente de material orgânico acumulado nas
paredes e fundo dos depósitos
A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento do
embrião se completa em 48 horas, em condições favoráveis de umidade e
temperatura.
Os ovos adquirem resistência ao ressecamento muito
rapidamente, em apenas 15h após a postura. A partir de então, podem resistir a
longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudos. Esta resistência
é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por
muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente
propicie a eclosão.
Características do Aedes aegypti
Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya vivem mais sob calor
e umidade, estão bem adaptados ao ambiente domiciliar, não produz zumbido e a
picada geralmente não é sentida.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem
aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas
pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e
nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele
pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. O indivíduo não percebe a picada,
pois não dói e nem coça no momento.
A domesticidade do Aedes aegypti é ressaltada pelo fato de
que ambos os sexos são encontrados em proporções semelhantes dentro das casas
(endofilia). Esse mosquito quando em repouso é encontrado nas habitações, nos
quartos de dormir, nos banheiros e na cozinha e, só ocasionalmente, no
peridomicílio (área existente ao redor de uma residências). As superfícies
preferidas para o repouso são as paredes, mobília, peças de roupas penduradas e
mosquiteiros.
Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em
laboratório durante meses, mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias.
Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o
mosquito transmissor da dengue estiver infectivo, poderá transmitir o vírus da
dengue neste processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de
ovos que produzem. O mosquito da dengue tem uma peculiaridade que se chama
“discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma
pessoa para um mesmo lote de ovos que produz.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/301-dengue/14610-curiosidades-sobre-o-aedes-aegypti
http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=336&sid=32
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
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