Dia 09 de março, a equipe da Escola Ambiental levou a
palestra ESCOLA AMBIENTAL NO COMBATE AO AEDES AEGYPYI para a Escola Padre
Antônio Barbosa.
Participaram das palestras os estudantes do Ensino
Fundamental I e II, recebendo informações como: histórico, características
biológicas e comportamentais do mosquito, conheceram um pouco mais sobre os
vírus Dengue, Zika e Chikungunya, transmitido pelo Aedes aegypti e assistiram
algumas dicas de como eliminar os focos desse mosquito em suas residências.
Os mosquitos apareceram no nosso planeta há mais de cem
milhões de anos e estão inventariadas cerca de 3500 espécies. Mas, só 200
espécies picam os humanos. Estas espécies estão presentes em todos os continentes, com
exceção da Antártica, e têm um papel importante em muitos ecossistemas.
Muitas espécies de lagartos, aranhas, salamandras, insetos e
rãs perderiam uma fonte alimentar essencial, caso os mosquitos desaparecessem.
Também, centenas de peixes teriam de modificar a sua alimentação, se as larvas
dos mosquitos faltassem. As larvas de mosquitos representam uma parte
importante da biomassa dos ecossistemas aquáticos, elas são decompositores naturais, assim
como bactérias ,fungos etc
Causas da proliferação dos mosquitos
1. Consequência da diminuição das espécies predadoras
O desaparecimento de diferentes espécies, talvez causasse uma superpopulação de
mosquitos, moscas e outros insetos que infernizam nossa vida, mas que fazem
parte do cardápio das lagartixas.
2. O aquecimento global
O aquecimento global aumentará o número de casos de
doenças como a dengue e a malária na América Latina, advertiram, em Buenos
Aires, especialistas sobre o impacto das mudanças climáticas na região
"Não se pode descuidar do aspecto da saúde quando se
fala em mudança climática. Há uma diferença importante na dispersão de doenças
como a dengue ou a malária na América do Sul", indicou o cientista
argentino, Osvaldo Canziani.
O cientista responsabilizou os governos da região pela falta
de visão política e de planejamento para a prevenção, a adaptação e a redução
do impacto das ocorrências climáticas. "Não é o clima o elemento que gera
os problemas, e sim o aumento da população, os problemas ambientais, os
aspectos sociais e econômicos", acrescentou.
3. A capacidade de resistência dos ovos
A capacidade de resistência dos ovos de Aedes aegypti à
dessecação é um sério obstáculo para sua erradicação. Esta condição permite que
os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos,
tornando-se assim o principal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).
4. Processo de urbanização caótico
Urbanização é o crescimento da população no meio urbano, ou
seja, nas cidades em relação ao crescimento no meio rural. O processo de
urbanização brasileiro permite identificar quatro fases:
- a urbanização suportável (até meados dos anos 60, quando as cidades ainda ofereciam qualidade de vida e havia ampla oferta de postos de trabalho no setor industrial, na agricultura e no comércio);
- a urbanização problemática nos anos 60-70, quando se intensifica o processo migratório, ocorrendo a inflexão rural-urbano;
- a urbanização caótica, no período 70-80, quando se constata uma queda brutal na qualidade de vida da população que vivia nas médias e grandes cidades;
- nos anos 90, a urbanização explosiva, que resulta da ausência de políticas urbanas consistentes e duradouras nas fases anteriores, tornando mais difícil a reversão do quadro caótico da fase anterior.
Esse processo gera uma falta de planejamento e
infraestrutura adequada em termos de serviços (energia, água, saneamento,
hospitais);
5. A
circulação de pessoas.
Quanto mais gente com o vírus circula, maior a probabilidade
de você ter contato com vetores. Com a grande circulação de pessoas vindas de locais
diferentes, alguns cuidados com a saúde são necessários para prevenir possíveis
transmissão de doenças.
Em países desenvolvidos, é comum a realização de uma
consulta médica antes de viagens, para aconselhamentos de prevenção de doenças
segundo suas geografias e ou vacinação. Mas em locais como África, Ásia e em
alguns países do Caribe não existe essa prática, e em alguns, há um controle
efetivo de doenças (especialmente as transmissíveis e ou até de vacinação) o
que pode aumentar as chances de transmissão de enfermidades nos locais de
visitação.
“O ideal é que se tenha um bom esquema de vigilância
epidemiológica em qualquer país palco de eventos de massa, [...]. É importante
lembrar aos viajantes, especialmente do próprio Brasil, quanto à importância de
estarem vacinados, principalmente se as viagens forem frequentes”, alerta a
Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista, coordenadora do Comitê de
Medicina dos Viajantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
6. Crise
da falta da água
É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma
situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que
as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer
armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a
proteção, pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai
aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar
esses recipientes, é fundamental.
7. Falta de
conscientização sobre o risco das doenças
A população deve se conscientizar e evitar jogar lixo nas
ruas e em terrenos baldios, precisa ficar alerta no aumento da proliferação do
mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças graves como Dengue, a Febre
amarela, a Zika e a Chikungunya podendo procriar em qualquer recipiente jogado
em via pública que retenha água, como tampas de garrafas , sacolas plásticas, entre
outros.
Toda a sociedade tem culpa. As pessoas colocam culpa no
governo e jogam lata de cerveja pela janela, que pode se tornar um criadouro de
Aedes. Você tem uma coleta regular do lixo na cidade, mas atira o lixo pelo
muro no terreno baldio. A gente tem que colocar na cabeça que este é um
problema coletivo.
Texto e imagens: Equipe Escola Ambiental
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
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