sexta-feira, 18 de março de 2016

Parceria da Escola Ambiental e a Escola Padre Antônio Barbosa


Dia 09 de março, a equipe da Escola Ambiental levou a palestra ESCOLA AMBIENTAL NO COMBATE AO AEDES AEGYPYI para a Escola Padre Antônio Barbosa.

Participaram das palestras os estudantes do Ensino Fundamental I e II, recebendo informações como: histórico, características biológicas e comportamentais do mosquito, conheceram um pouco mais sobre os vírus Dengue, Zika e Chikungunya, transmitido pelo Aedes aegypti e assistiram algumas dicas de como eliminar os focos desse mosquito em suas residências.






Os mosquitos apareceram no nosso planeta há mais de cem milhões de anos e estão inventariadas cerca de 3500 espécies. Mas, só 200 espécies picam os humanos. Estas espécies estão presentes em todos os continentes, com exceção da Antártica, e têm um papel importante em muitos ecossistemas.

Muitas espécies de lagartos, aranhas, salamandras, insetos e rãs perderiam uma fonte alimentar essencial, caso os mosquitos desaparecessem. Também, centenas de peixes teriam de modificar a sua alimentação, se as larvas dos mosquitos faltassem. As larvas de mosquitos representam uma parte importante da biomassa dos ecossistemas aquáticos, elas são decompositores naturais, assim como bactérias ,fungos etc

Causas da proliferação dos mosquitos

1. Consequência da diminuição das espécies predadoras
O desaparecimento de diferentes espécies, talvez causasse uma superpopulação de mosquitos, moscas e outros insetos que infernizam nossa vida, mas que fazem parte do cardápio das lagartixas.

2. O aquecimento global 

O aquecimento global aumentará o número de casos de doenças como a dengue e a malária na América Latina, advertiram, em Buenos Aires, especialistas sobre o impacto das mudanças climáticas na região

"Não se pode descuidar do aspecto da saúde quando se fala em mudança climática. Há uma diferença importante na dispersão de doenças como a dengue ou a malária na América do Sul", indicou o cientista argentino, Osvaldo Canziani.

O cientista responsabilizou os governos da região pela falta de visão política e de planejamento para a prevenção, a adaptação e a redução do impacto das ocorrências climáticas. "Não é o clima o elemento que gera os problemas, e sim o aumento da população, os problemas ambientais, os aspectos sociais e econômicos", acrescentou.

3. A capacidade de resistência dos ovos
A capacidade de resistência dos ovos de Aedes aegypti à dessecação é um sério obstáculo para sua erradicação. Esta condição permite que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos, tornando-se assim o principal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).





4. Processo de urbanização caótico
Urbanização é o crescimento da população no meio urbano, ou seja, nas cidades em relação ao crescimento no meio rural. O processo de urbanização brasileiro permite identificar quatro fases:
  • a urbanização suportável (até meados dos anos 60, quando as cidades ainda ofereciam qualidade de vida e havia ampla oferta de postos de trabalho no setor industrial, na agricultura e no comércio);
  • a urbanização problemática nos anos 60-70, quando se intensifica o processo migratório, ocorrendo a inflexão rural-urbano;
  • a urbanização caótica, no período 70-80, quando se constata uma queda brutal na qualidade de vida da população que vivia nas médias e grandes cidades;
  • nos anos 90, a urbanização explosiva, que resulta da ausência de políticas urbanas consistentes e duradouras nas fases anteriores, tornando mais difícil a reversão do quadro caótico da fase anterior.

Esse processo gera uma falta de planejamento e infraestrutura adequada em termos de serviços (energia, água, saneamento, hospitais);

5. A circulação de pessoas.
Quanto mais gente com o vírus circula, maior a probabilidade de você ter contato com vetores. Com a grande circulação de pessoas vindas de locais diferentes, alguns cuidados com a saúde são necessários para prevenir possíveis transmissão de doenças.

Em países desenvolvidos, é comum a realização de uma consulta médica antes de viagens, para aconselhamentos de prevenção de doenças segundo suas geografias e ou vacinação. Mas em locais como África, Ásia e em alguns países do Caribe não existe essa prática, e em alguns, há um controle efetivo de doenças (especialmente as transmissíveis e ou até de vacinação) o que pode aumentar as chances de transmissão de enfermidades nos locais de visitação. 

“O ideal é que se tenha um bom esquema de vigilância epidemiológica em qualquer país palco de eventos de massa, [...]. É importante lembrar aos viajantes, especialmente do próprio Brasil, quanto à importância de estarem vacinados, principalmente se as viagens forem frequentes”, alerta a Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista, coordenadora do Comitê de Medicina dos Viajantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

6. Crise da falta da água
É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção, pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental.




7. Falta de conscientização sobre o risco das doenças
A população deve se conscientizar e evitar jogar lixo nas ruas e em terrenos baldios, precisa ficar alerta no aumento da proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças graves como Dengue, a Febre amarela, a Zika e a Chikungunya podendo procriar em qualquer recipiente jogado em via pública que retenha água, como tampas de garrafas , sacolas plásticas, entre outros.


Toda a sociedade tem culpa. As pessoas colocam culpa no governo e jogam lata de cerveja pela janela, que pode se tornar um criadouro de Aedes. Você tem uma coleta regular do lixo na cidade, mas atira o lixo pelo muro no terreno baldio. A gente tem que colocar na cabeça que este é um problema coletivo.


Texto e imagens: Equipe Escola Ambiental

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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