terça-feira, 6 de setembro de 2016

ESCOLA AMBIENTAL participa do XIX ENCONTRO DE ZOOLOGIA DO NORDESTE

Comissão Organizadora
Marina de Sá Leitão Câmara de Araújo
Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 

Especialista, Mestre e Doutora em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

 
Prof. da UPE Petrúcio Luiz Lins de Morais -
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
As atividades realizadas pela Escola Ambiental no Projeto "Combate ao Aedes aegypti", entre os meses de março e abril de 2016, com alunos do Fundamental I e II e Ensino Médio, de Escola Públicas da cidade de Lajedo e Cachoeirinha, foram transformadas em um Resumo Expandido e apresentado no formato de Banner no XIX ENCONTRO DE ZOOLOGIA DO NORDESTE, realizado na Universidade de Pernambuco – UPE, Campus Garanhuns, entre os dias de 21 a 25 de agosto deste ano.

O projeto “Escola Ambiental no combate ao Aedes aegypti”, contou com palestras que abordodaram:
  • Os aspectos históricos, geográficos e biológicos do vetor;
  • O ciclo de vida do mosquito;
  • Hábitos alimentares;
  • A importância biológica para o equilíbrio ambiental;
  • As causas da proliferação do vetor.
  • As características, sintomas e diagnóstico da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus.


O Projeto contou ainda com exibição de vídeos, destacando a importância da educação ambiental no combate ao vetor e eliminação de focos do mosquito. Distribuição de cartazes, doados pela Secretaria de Saúde, para serem fixados nas salas de aulas com dicas de combate ao Aedes aegypti, além de adesivos e panfletos entregues aos estudantes.


A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA NO COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE LAJEDO E CACHOEIRINHA – PE

Julieta Beserra da Silva¹, Marina de Sá Leitão Câmara de Araújo²

¹ Centro Municipal de Educação Ambiental de Lajedo e Escola Jean Piaget. 
² Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Garanhuns. 

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o Brasil vem passando por aumento no número de casos de viroses relacionadas ao mosquito Aedes aegypti, o vetor da Dengue, uma doença emergente no cenário da Saúde pública brasileira, e mais recentemente da Febre Chikungunya e o Zika Vírus. Para Braga e Valle (2007) alguns fatores que colaboraram para a proliferação do vetor foram as mudanças demográficas e o intenso fluxo migratório rural-urbano, que ocasionou o crescimento das cidades acompanhado pela ausência de infraestrutura básica e implicaram no aumento no número de casos relacionados a viroses transmitidas por artrópodes, as chamadas arboviroses. Sendo assim, as cidades reúnem as melhores condições para proliferação do A. aegypti, mosquito com hábitos diurnos, de coloração preta, com listras e manchas brancas, adaptado ao ambiente urbano.
Frente a esse cenário, a Educação Ambiental (EA) desponta como uma excelente estratégia no combate dos mosquitos transmissores de arboviroses, pois está voltada à cidadania, possibilitando a motivação e sensibilização da comunidade para melhorar suas condições de vida. Assim, utilizando a interdisciplinaridade para abordar esta temática, o objetivo deste trabalho foi utilizar a EA como uma ferramenta que auxilie o processo de combate às viroses transmitidas pelo mosquito A. aegypti nas escolas públicas de Lajedo e Cachoeirinha, agreste meridional de Pernambuco.

METODOLOGIA

Preocupada com a problemática das arboviroses em Lajedo e com a falta de conhecimento dos estudantes sobre a temática o Centro Municipal de Educação Ambiental (CMEA), conhecida por Escola Ambiental de Lajedo, iniciou o ano letivo com o projeto “Escola Ambiental no combate ao Aedes aegypti”, com palestras e exibição de vídeos, destacando a importância da educação ambiental no combate ao vetor e eliminação de focos do mosquito. O CMEA está localizado no espaço rural, especificamente no Sítio Serrote, a cerca de 10 km do centro da cidade, no Município de Lajedo, Estado de Pernambuco.
Para a elaboração do projeto, tendo como público alvo alunos do Ensino Fundamental I e II, inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica para a criação dos slides e do material que foi distribuído aos estudantes, como panfletos e adesivos, além da distribuição de cartazes doados pela Secretaria de Saúde de Lajedo.
Com o intuito de ampliar o conhecimento da comunidade escolar sobre o mosquito A. aegypti, o CMEA iniciou o ciclo de palestras no Município de Cachoeirinha, e depois passou por algumas escolas públicas do Município de Lajedo abordando na palestra: os aspectos históricos, geográficos e biológicos do vetor; tratando sobre o ciclo de vida do mosquito; hábitos alimentares; a importância biológica para o equilíbrio ambiental; as causas da proliferação do vetor; as características, sintomas e diagnóstico da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. Foram distribuídos em todas as escolas cartazes para serem fixados nas salas de aulas com dicas de combate ao A. aegypti, além de adesivos e panfletos.

Tabela 1 - Informações das escolas contempladas pela palestra “Escola Ambiental no combate ao Aedes aegypti”

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao término do projeto, a Escola Ambiental atendeu quatro escolas municipais e um projeto social. Cerca de mil estudantes participaram das palestras, além dos professores, coordenadores e gestores. Esse projeto foi uma iniciativa inicial na discussão sobre o combate ao A. aegypti e as viroses transmitidas pelo vetor. Em seguida, cada escola elaborou um projeto, voltado a esta temática. Os alunos se mobilizaram, realizaram exposições, palestras e saíram às ruas, em passeatas, intervenções urbanas, com o intuito de repassar as informações para a sociedade, com o apoio da Secretaria de Saúde de Lajedo.
A experiência observada nesse trabalho corrobora BASSI (2007, p. 1): “Introduzir, na atualidade, qualquer trabalho cuja temática envolvida seja de cunho ambiental é tarefa de fácil execução, tendo em vista que é cada vez mais evidente a gravidade dos problemas ambientais no planeta”. Sabe-se que a maior parte dos desequilíbrios ecológicos está relacionada a condutas inadequadas do ser humano, destacando-se aí a proliferação dos mosquitos, a poluição e o desmatamento, o que mostra a necessidade de uma significativa mudança nos valores e nos hábitos de todos os seres humanos. Combater os criadouros do mosquito A. aegypti não depende apenas dos órgãos de saúde governamentais, mas também da população em geral. Desta forma, a escola assume um papel importantíssimo, pois é através do conhecimento transmitido e adquirido que ações concretas podem ser realizadas.
Segundo Loureiro (2006) a conscientização ambiental surge com a reflexão, diálogo e internalização de conhecimentos úteis à vida em sociedade. Esse processo forma sociedades capazes de enfrentar os desafios, gerando melhor qualidade de vida para as gerações atuais e futuras. Portanto, a educação ambiental deve ser entendida em seu sentido mais amplo, que visa à formação crítica para o exercício da cidadania, aprimorando as relações humanas com o meio ambiente, seja ele natural ou modificado.

CONCLUSÕES
Este trabalho feito junto à comunidade escolar despertou bastante interesse e preocupação entre os alunos. É muito importante despertar a consciência ambiental e incentivá-los a disseminar esse conhecimento para seus familiares e amigos. Mais ações mobilizadoras devem ser realizadas, pois se cada um mudar seus hábitos em casa, melhor será o resultado no combate a esse mosquito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASSI, I. M. Educação ambiental – princípios, práticas e a formação dos professores para a prática interdisciplinar. 2007. 18 p. Disponível em: http://www.pr.gov.br/meioambiente/educ_apres.shtml. On-line. Acesso em: 28 de maio de 2016. On-line.
BRAGA, I.A.; VALLE, D. Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2007, 16(2), p. 113 – 118. Disponível em: On-line.
LOUREIRO, C.F.B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAJEDO -PE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - CMEA

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